Tópico: Via de la Plata - 2006  (Lida 2784 vezes)

Ironmena

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Via de la Plata - 2006
« em: Agosto 06, 2012, 17:18:07 »
Partilho um relato da 1ª Via de la Plata que realizei, em 2006 (fiz novamente m 2009), que é o Caminho que o Norberto e Companhia estão neste momento a realizar:
 
http://ironmena.wordpress.com/2006/06/
 
Buen Camino para eles!

Luisa Sousa

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Re: Via de la Plata - 2006
« Responder #1 em: Junho 25, 2014, 21:58:38 »
Acabo de ler a vossa experiência e.. uau, tão poucos dias! Para quem o fez em 42 dias (com 1 de descanso), é realmente difícil imaginar o caminho a essa velocidade ;)
Parece que a sinalização e os albergues melhoraram consideravelmente entretanto. :)

norberto

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Re: Via de la Plata - 2006
« Responder #2 em: Julho 15, 2014, 16:38:17 »
Luísa, realmente fazer o Caminho a pé ou de bicicleta tem dessas coisas :). A bicicleta permite-nos cobrir grandes distâncias que a pé seria impensável. Poder fazer os 1000km da Via de la Plata em cerca de 15 dias acaba por ser um bom compromisso entre o tempo disponível e ainda assim apreciar o que o Caminho tem para dar.
Claro que a experiência a pé tem outra dimensão, mais que não seja pelo convívio que se tem com outros peregrinos que acabam por nos ir acompanhando (de bicicleta é mais fácil cobrir distâncias diferentes em cada etapa relativamente a outros bicigrinos). Contudo, é preciso ter disponibilidade de dias para uma aventura com tantos dias.
Este ano fiz uma pequena incursão de 5 dias a pé pela Via Sanabresa, de Ourense a Santiago. Conheci aí um holandês que me disse que na Holanda havia até há bem pouco tempo um regime que permite solicitar uma espécie de licença sem vencimento (no público ou no privado, não há distinção) para atividades de filantropia ou coisas como estas incursões espirituais pelos Caminhos de Santiago. Mas atualmente esse regime já não existe (a crise serviu de desculpa para retirar essa regalia a novos contratados).
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Luisa Sousa

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Re: Via de la Plata - 2006
« Responder #3 em: Julho 15, 2014, 21:39:46 »
Norberto,


O comentário anterior não pretendia em nada fazer uma crítica, neste caso, aos bicigrinos. Naturalmente, e apesar de não andar de bicicleta, seria impensável pretender que demorassem o mesmo tempo que os "andantes". :)


Tal como todos os caminhos são diferentes (pelos trajectos, pessoas, fase da vida em que nos encontramos), estou certa que ir a pé, a cavalo/burro ou bicicleta, são experiências completamente diferentes. A verdade, e é também uma das belezas do Caminho, é que seja de que forma for ou tenha a duração que tiver, não deixa ninguém indiferente (ou praticamente ninguém). Isso sim, é uma maravilha constatar! :)


Desconhecia esse regime, mas acho-o fabuloso! Pena que se vão perdendo estas oportunidades... Pena também que se deixe tantas vezes este tipo de experiências para a reforma, "quando houver tempo", como se a experiência de 1 semana ou 3/4 dias não pudesse ser igualmente marcante. Quanta diferença poderia fazer nas nossas vidas!
Na Via de la Plata, durante muitos dias era a mais "jovem", todos os outros, reformados. No total dos 42 dias, não devo ter caminhado com mais de 15 jovens (e estendo o escalão jovem até aos 40 anos)... Pode ter sido apenas coincidência ou devido a outros factores (a duração deste caminho, fora das férias escolares, caminho relativamente mais caro que outros, etc.)...


norberto

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Re: Via de la Plata - 2006
« Responder #4 em: Julho 15, 2014, 23:23:40 »
:) Sim, eu sei que não foi crítica, nem interpretei desse modo :).
Neste momento já me posso considerar um peregrino "híbrido" :) e vejo aspetos positivos nas duas formas de fazer o Caminho (só me falta a cavalo, mas essa duvido que a venha a conhecer tão cedo :) ).


No caminho que fiz no mês de junho conheci muita gente na faixa dos 40 e picos até aos 60 e poucos que estavam a fazer a Via de la Plata e o Caminho do Levante a pé. Todos já levavam à volta de 40 e poucos dias de caminhada e iam mais rijos que nós :).


Sinceramente tenho muita pena de não conseguir dispor de dias suficientes para fazer um Caminho longo como o que fizeste. O que mais me entristece é que ou a vida muda (para muito bem ou para muito mal), ou então só mesmo na altura da reforma é que se consegue ter todos esses dias disponíveis. E desconfio que nessa altura as pernas já não cheguem para tantos quilómetros.


Agora estou entusiasmado com a hipótese de fazer o Caminho Primitivo a pé, mas pode ser que para o ano volte às lides da bicicleta e faça o Caminho do Levante.
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